Secretaria de Educação do DF lança página sobre projeto de Gestão Compartilhada

Página mostra o que é real e o que é fake news sobre as escolas de gestão compartilhada que estão sendo implantadas pelo GDF

A Secretaria de Educação do Distrito Federal lançou, nesta quinta-feira (7), a página
Escola de Gestão Compartilhada para esclarecer dúvidas sobre o projeto piloto que será implementado em escolas da rede pública de ensino. Os centros educacionais (CED) 1 da Estrutural, 3 de Sobradinho e 308 do Recanto das Emas passam a se tornar escolas militares a partir da próxima segunda-feira (11). O programa piloto, uma parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública foi aprovado pelas três comunidades escolares das regiões administrativas com ampla maioria de votos.

Os pais, responsáveis, alunos e educadores do CED 7 de Ceilândia vão decidir se desejam ou não a mudança. Participarão do processo de votação alunos maiores de 18 anos, todos os pais ou responsáveis com filhos matriculados na escola (um voto por família), professores e servidores.

A pasta também preparou uma lista de verdades e mentiras sobre o projeto de Gestão Compartilhada (veja abaixo).

GESTÃO COMPARTILHADA

Verdades e mentiras

Escola militar e escola de gestão compartilhada são a mesma coisa.
MENTIRA
A gestão das escolas será compartilhada com a Polícia Militar e com a participação do Corpo de Bombeiros. A Secretaria de Educação vai continuar dirigindo as escolas e cuidando de toda a parte pedagógica, enquanto os militares vão se ater à direção dos aspectos disciplinares, administrativos e das atividades de contraturno – como oferta de aulas de música, esporte, xadrez e aulas de ética e cidadania.

As escolas no Distrito Federal vão seguir integralmente os modelos já existentes em outros estados.
MENTIRA
Embora existam coincidências em alguns aspectos, as secretarias de Educação e de Segurança locais desenvolveram um modelo próprio para o Distrito Federal, com particularidades que atendem à rede.

O uniforme será cobrado das famílias.
MENTIRA
A Secretaria de Educação firmou uma parceria com a Fábrica Social para a produção dos uniformes, que serão doados aos alunos.

Haverá cobrança de taxas.
MENTIRA
As famílias poderão se vincular às associações de pais e mestres, como já ocorre hoje, sem a obrigatoriedade de fazer contribuições. A escola, apesar da gestão compartilhada, continuará pública e gratuita.

Meninas usarão coque e meninos, cabelos curtos.
VERDADE
Como é comum no aspecto disciplinar das escolas que compartilham sua gestão com os militares, os uniformes e as normas de uso do cabelo definem coque para as meninas e cabelo curto para os meninos.

Estudantes do ensino especial serão excluídos dessas escolas.
MENTIRA
As escolas são e permanecerão inclusivas, e as crianças com deficiência continuarão a receber o tratamento adequado que recebem atualmente..

Metade das vagas é reservada para filhos de militares.
MENTIRA
Diferentemente das escolas militares, as escolas de gestão compartilhada não selecionam estudante com base nesses critérios.

Professores serão obrigados a permanecer nessas escolas.
MENTIRA
Os professores que não se identificarem com o projeto poderão solicitar às regionais de ensino o remanejamento para outras escolas, assim como acontece atualmente.

Apenas quatro escolas estão contempladas no projeto.
VERDADE
A intenção do governador Ibaneis Rocha é ampliar o projeto para mais 36 escolas ainda este ano, conforme o sucesso da implantação.

A comunidade participará sempre da escolha das escolas.
VERDADE
A Lei de Gestão Democrática define regras apenas para a eleição dos diretores, mas a Secretaria de Educação só implantará os projetos com o aval das comunidades das escolas selecionadas.

A área pedagógica será influenciada pela gestão militar.
MENTIRA
O modelo de gestão compartilhada permite ao professor, ao coordenador pedagógico e ao diretor destinarem integralmente seu tempo e dedicação à gestão pedagógica, sem a preocupação de zelar pela gestão administrativa e disciplinar da escola.

A individualidade dos estudantes será mantida.
VERDADE
O fato de implementar critérios disciplinares, bem como o uso de uniformes e normas mais rígidas, não compromete a individualidade dos estudantes. Esses aspectos, pelo contrário, reforçam a autoestima, minimizam causas de bulliyng e trazem um forte sentimento de pertencimento a um grupo de sucesso.

Estudantes com baixo rendimento ou problemas disciplinares serão expulsos.
MENTIRA
A gestão compartilhada proporciona aos professores e coordenadores tempo integral para acompanhamento dos estudantes, além de ajudá-los em seu desenvolvimento. Simultaneamente e em parceria com a gestão pedagógica, os responsáveis são chamados a participar ativamente da evolução dos aspectos disciplinares dos estudantes.

Os responsáveis terão acesso a um aplicativo gratuito para acompanhar o desenvolvimento dos estudantes.
VERDADE
A implantação do aplicativo já começou. Até o final de fevereiro, todos os responsáveis que tiverem um celular com internet poderão acompanhar o dia a dia dos estudantes na escola. O aplicativo vai informar dados como se os alunos compareceram à escola, horários de entrada e saída, comportamento, elogios e desempenho escolar.

Haverá provas para ingresso na escola de gestão compartilhada.
MENTIRA
O projeto piloto das escolas será implementado com os estudantes que já estão matriculados nas escolas. Com o sucesso do projeto, estima-se que a procura por vagas nessas escolas vai se intensificar em 2020. Até lá, um processo de sorteio transparente será definido e divulgado.

Todas as escolas da rede terão o modelo de gestão compartilhada.
MENTIRA
O modelo de gestão compartilhada é apenas um dos modelos ofertados pela rede pública de ensino e vai ao encontro dos anseios de boa parcela da comunidade escolar.

A EJA vai acabar nas escolas com gestão compartilhada.
MENTIRA
As aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) continuam nas unidades escolares que já ofereciam essa modalidade de ensino. Os estudantes da EJA também não precisarão usar os uniformes.

*Com informações da Secretaria de Educação.

Fonte: Agência Brasília